terça-feira, 2 de novembro de 2010



Os minutos se iam e as perguntas vinham, latejando sua mente.
O dilema sobre a identidade em jogo era algo quase indescritível; tão estranho, perturbador...
A cabeça se encontrava cheia, dolorida, confusa, caída...

As pessoas se aproximavam e a falsidade era um tanto quanto grande.
- Forte por fora, mas tão mole por dentro...
Um grande e belo sorriso, mas aos olhares, já se sabia que o olhar se encontrava ali.
Risadas ao vento a impediam de deixar que as lágrimas rolassem. Pequenas gotas, mas que já faziam de seus olhos pura fumaça.
Sentia um sopro no coração e o tal motivo ainda não fora totalmente encontrado.
A cada instante as coisas se tornavam mais dolorosas. Era impossível não pensar, não sentir.
Enfim, a hora de ir.
O vento soprava em seus cabelos e em seu corpo, e automaticamente, seus braços se encolhiam, se cruzavam.
Naquele instante não havia mais para quem fingir, e logo, seu rosto começou a transparecer toda aquela angustia que insistia em a corroer.
Quando chegou em casa, sentiu seus ouvidos arderem.
O silêncio era forte, ruidoso.
Mas ali se encontrava um tanto tranquila, pois até então, tinha parte do que queria.
Todo aquele silêncio lhe trazia solidão, e naquele momento, era o que ela tanto precisava.
Se trancou e se deitou. 
Pensava, refletia, mas quanto mais se via assim, mais se sentia confusa.
Fugir, fugir...
Ela sabia quem é que deveria e poderia tomar as decisões por ali, e quem sabe, acabar com tudo aquilo.
Mas as coisas eram mais complicadas do que aparentavam.
Nem ela sabia o que queria...
Um amparo seria muito bom naquele momento, mas já não havia com quem contar.
O desespero aumentava e junto a ele, o cansaço.
As lágrimas limpavam, mas também a corroiam.
Logo, o cansaço a venceu, e assim, levantou a bandeira branca.
Depois de tudo, nada que os olhos fechados não pudessem resolver.
Aliás, amenizar. Esquecer por um tempo, por um instante.
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