segunda-feira, 9 de maio de 2011



Onde está tua doçura? Onde está, pequena rosa?
Teu reflexo no espelho já não é o mesmo.
Tu estas mudada... Talvez um pouco crescida.

- A culpa é de toda essa saudade...
O que lhe fizeram, pequena rosa?
Levaram tudo o que tu tinhas de doce.
Tu não és mais a mesma. Eu não a reconheço...
Sinto falta dos teus sorrisos, dos teus olhos tão brilhantes...
Tu se encontras assim, a todo momento, cabisbaixa, com o olhar um tanto triste e com o corpo desengonçado...
Quero saber o que levaram de ti, para deixá-la assim, tão triste...
Sei que toda essa tua melancolia é cercada de motivos, mas ainda assim, anseio em saber o que se passa dentro de ti.
Quero ajudá-la, compreendê-la, e quem sabe, lhe ajudar a recuperar o que tu perdeste.
Não fique assim, pequena rosa. Posso não ser muito, mas estou aqui, com o ombro vazio e as mãos erguidas para ti.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011


Alice: Liz?
Liz: Oi Al.
Alice: Preciso te dizer uma coisa…
Liz: O que é?
Alice: (…) Acho que estou gostando de você.
Liz: Sério? Mas logo eu…
Alice, eu preciso ser sincera… Ainda gosto da Sabrina.
Alice: Eu sei. E isso me machuca tanto…
Liz: Me perdoe Al. Eu queria muito não gostar dela…
Alice: Tudo bem, você não precisa me pedir perdão. Eu entendo.
Liz: Entende?
Alice: Sim, entendo. Mas não é segredo pra ninguém que ela não te merece, e você está cansada de saber disso.
Me dê uma chance, eu sei que posso te fazer feliz!
Liz: Queria que fosse fácil assim…
Explica pra esse coração idiota que ela não o merece?
Alice abaixa a cabeça e diz: Eu não vou forçar nada, mas saiba que estou aqui, esperando por você. Só não sei por quanto tempo.

terça-feira, 2 de novembro de 2010



Os minutos se iam e as perguntas vinham, latejando sua mente.
O dilema sobre a identidade em jogo era algo quase indescritível; tão estranho, perturbador...
A cabeça se encontrava cheia, dolorida, confusa, caída...

As pessoas se aproximavam e a falsidade era um tanto quanto grande.
- Forte por fora, mas tão mole por dentro...
Um grande e belo sorriso, mas aos olhares, já se sabia que o olhar se encontrava ali.
Risadas ao vento a impediam de deixar que as lágrimas rolassem. Pequenas gotas, mas que já faziam de seus olhos pura fumaça.
Sentia um sopro no coração e o tal motivo ainda não fora totalmente encontrado.
A cada instante as coisas se tornavam mais dolorosas. Era impossível não pensar, não sentir.
Enfim, a hora de ir.
O vento soprava em seus cabelos e em seu corpo, e automaticamente, seus braços se encolhiam, se cruzavam.
Naquele instante não havia mais para quem fingir, e logo, seu rosto começou a transparecer toda aquela angustia que insistia em a corroer.
Quando chegou em casa, sentiu seus ouvidos arderem.
O silêncio era forte, ruidoso.
Mas ali se encontrava um tanto tranquila, pois até então, tinha parte do que queria.
Todo aquele silêncio lhe trazia solidão, e naquele momento, era o que ela tanto precisava.
Se trancou e se deitou. 
Pensava, refletia, mas quanto mais se via assim, mais se sentia confusa.
Fugir, fugir...
Ela sabia quem é que deveria e poderia tomar as decisões por ali, e quem sabe, acabar com tudo aquilo.
Mas as coisas eram mais complicadas do que aparentavam.
Nem ela sabia o que queria...
Um amparo seria muito bom naquele momento, mas já não havia com quem contar.
O desespero aumentava e junto a ele, o cansaço.
As lágrimas limpavam, mas também a corroiam.
Logo, o cansaço a venceu, e assim, levantou a bandeira branca.
Depois de tudo, nada que os olhos fechados não pudessem resolver.
Aliás, amenizar. Esquecer por um tempo, por um instante.

domingo, 12 de setembro de 2010



O tempo se ia e as coisas não mudavam.
Suas dúvidas permaneciam e minha dor também.
Me sentia presa, mesmo sabendo que não estava.
Minha dependência em você era algo incomum, inacreditável.
Minhas forças se iam e meu medo prevalecia. Medo de ver tudo se repetir.
Eu queria ir embora, mas não conseguia.
Talvez pelo simples fato de saber que precisava mais de você do que você precisava de mim.
Sentia raiva. Raiva por saber que não podia te ter por completo, te ter só pra mim.
Queria correr. Correr em busca de um novo amor, um novo alguém.
Eu tinha amor e um coração, e você, tinha tudo em mãos.
Eu não queria chorar.
Não queria deixar escapar toda a minha fraqueza, toda a minha fragilidade.
Queria ser pedra, ser forte.
Você parecia não mais se importar... Na verdade, nem sei se um dia se importou.
Sei que no fim estarei sozinha e você estará bem, como é de lei. Não sei por que ainda não me acostumei. É uma coisa boba da vida. Cair e levantar.
Os joelhos se machucam, mas se cicatrizam. E quando se cicatrizam, é sinal de que estão prontos para uma nova queda.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Estava tudo escuro.
A janela estava aberta e a garota estava deitada em sua cama.
Vestia seu jeans predileto e estava sem blusa.
Queria sentir o vento balançando as cortinas e
batendo em seu corpo, até fazê-lo tremer.
Queria sentir sua energia, queria sentir sua alma...
Seus pés estavam descalços, se mexiam num movimento automático, talvez inconsciente
.Ela ainda ouvia a mesma música que estava ouvindo a uma hora atrás,
e permanecia ali, parada, se entregando a dor,
se entregando ao pouco que ainda a restava.
Sua maior vontade ainda era sumir.
Sumir, sumir, sumir...
Sua cabeça doía, junto ao seu coração.
Queria fugir dos seus pensamentos, mas era impossível.
Eles permaneciam ali. Intactos, imóveis.
O tempo já não era mais seu amigo. Passava lentamente...
O sono vinha a visitar, e tudo graças aos seus queridos acompanhantes.
Seu querido cigarro e sua querida garrafa de vinho. Tão amigos naquele momento de solidão...

Seu corpo ia se encolhendo e ela havia decidido permanecer com a janela aberta.
O frio e o sono seriam seus novos acompanhantes.
A menina só queria
sonhar...
Sonhar e
esquecer. Esquecer de tudo o que havia vivido nesses últimos dias.
Talvez, esquecer de muitas outras coisas guardadas. Pessoas, lembranças, saudade...

Seus olhos foram fechando aos poucos e finalmente,
ela encontrou sua paz.

domingo, 30 de maio de 2010



Apenas um gesto e algumas palavras.
Um gesto banal, mas significativo pra mim.
Palavras frias, e que mesmo poucas, me machucaram.
Já não sentia meu domínio sobre você,
e isso me doía, me 
corroía.
Suas lágrimas me pareciam vazias,
sem sinceridade alguma.
Não senti pena.
Talvez porque frieza e o vazio dominavam a compaixão e a fragilidade.
Estava cansada.
Cansada das mentiras escorrendo pelo chão.
Suas promessas já não haviam finalidade e verdade,
e tudo o que eu mais queria era que houvesse fim.
Seu abraço era 
frio.
Me recuava a senti-lo.
Já bastava a frieza dentro de mim.
Frieza titular, já que o que eu mais queria era
 calor.
Sentia falta.
Falta do calor.
Falta do 
seu amor.
Talvez volte a enganar meu coração.
Talvez assim tudo volte a ficar bem.
Irei tirar a máscara da gaveta,
e cobrir minha face. Apenas a face.
Pois quem vê
 cara, não vê coração.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Olhos, lábios e coração.


Finalmente meus olhos voltaram a brilhar.

Já não me lembrara qual fora a última vez,
já havia me esquecido que ainda existira felicidade.

Tudo o que eu tanto desejei, finalmente aconteceu.

Meus olhos, junto ao meu coração, puderam abandonar a tristeza,
afinal, algo maior batia à porta.
Algo maior e contagiante.

E meus lábios...
Eles nunca foram tão doces.
O sabor, a ternura... Delicadeza.
Doces lábios. Contagiaram os meus.

E meu coração...
Ele nunca batera tão forte.
Aliás, já havia me esquecido qual fora a última vez
que funcionara tão perfeitamente.

Mas havia arrependimento.
Arrependimento de não ter permitido sentir há mais tempo.

A verdade é que o sentimento sempre esteve aqui.
Escondido e com medo, mas já vivia aqui.

Finalmente é chegada a hora que irei sentir, tocar,
e desfrutar de tão doce sentimento.
Finalmente é chegada a hora que darei uma oportunidade
de que a felicidade entre em mim.
Em mim, e em você.


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